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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

VIDA RELIGIOSA E O CLAMOR DO SAGRADO NA LITURGIA CATÓLICA

A maioria de nós já escutou que a vida é nosso bem maior. Ela nos é dada. Ninguém pediu para nascer. Contudo, a nossa realização neste mundo depende exatamente de como encaramos este dado fundamental. Se aceitamo-la e fazemos dela dom-partilha, ou se rejeitamo-la e transformamo-la em fadiga e destruição (tanto a própria vida, como a vida dos outros).
A vida religiosa é, pois, um grande louvor a Deus-Pai, porque não só se sabe que a vida é dom, como se vive em prol dos irmãos e irmãs por amor a Jesus Cristo. Fazendo de si um instrumento nas mãos do Senhor.
Muitos questionamentos e afirmações são feitos, sobretudo pelo por que de tal radicalidade na vivência do batismo. Alegam que qualquer um poderia fazer tal oblação a Deus. Será mesmo?
Um coração dividido não é capaz de louvar o Senhor como quem tem um “indiviso”. Sem dúvida esta afirmação é bem correta. Pois, quem tem família, sabe como é difícil cuidar das próprias responsabilidades, quanto mais ter as de um religioso (a).
Obviamente não é só isso, mas a partir disso, temos uma parcial idéia do porquê pela opção ao celibato, ou seja, em prol da causa do Reino de Deus e amor a Jesus Cristo, que se “abandona” tudo, pois se não fosse assim, a comunidade seria vazia e não duraria, porque é o vínculo da “caridade” (amor a Deus) que une pessoas tão diferentes num mesmo ideal.
Louvemos a agradeçamos a Deus por existirem pessoas tão generosas, pois já nos antecipam um pouco de céu, cá na terra.

Mudando de assunto, sem fugir muito do fundamento, mas acrescentando um fator muito especial: a liturgia e o sagrado.
Caríssimos, o escopo (a finalidade) da liturgia cristã-católica é conduzir o homem até Deus, ou então, levar Jesus Cristo às pessoas. Muitas vezes ao participarmos da “celebração eucarística” (popularmente conhecida como: missa) percebemos o contrário. Há mais gente querendo aparecer do que o próprio Cristo. Sem contar com os exageros de muitos sacerdotes e agentes litúrgicos. O resultado de tudo isso é a perda do Sagrado.
Anos atrás, a Igreja rezava o seu rito todo em latim. Graças ao Concilio Vaticano II, foi-nos concedido celebrar na língua vernácula do país, além de uma série de concessões. Só que a proposta era aprofundar a participação da assembléia na celebração e não fazer a liturgia conforme o sacerdote (“Cada padre com a sua liturgia”; ditado que ecoa nas sacristias).
Sigamos a verdadeira orientação da Igreja e façamos sim uma verdadeira ação de graças com a nossa própria vida nas celebrações que participarmos. E lembremos sempre: a liturgia é para anunciar e conduzir a Deus e não a nós mesmos.
Não permitamos os exageros e descasos litúrgicos, porque cada vez mais o sagrado é desvalorizado.


Assim, para finalizar estes dois temas, (diga-se de passagem, poderíamos escrever dois livros, mas fiquemos apenas com este apelo) onde ambos possuem a mesma base fundamental: Jesus Cristo; desejamos que os religiosos (as) vivam a sua consagração a Deus cada vez mais com um coração indiviso e que nossa liturgia conduza-nos a Deus e não aos homens!

Por Tiago

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