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segunda-feira, 24 de maio de 2010


PENTECOSTES

Do grego pentekosté, é o quinquagésimo dia após a Páscoa. Em cumprimento à promessa de Jesus, comemora-se o envio do Espírito Santo sobre os apóstolos e Maria, mãe de Jesus, reunidos no Cenáculo, em Jerusalém. A partir da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre. Dessa forma, Cristo continua presente na Igreja, que é continuadora da sua missão.
A origem de Pentecostes vem do Antigo Testamento, de uma celebração da colheita (Ex 23,14), dia de alegria e ação de graças. Portanto, era uma das festas em que o povo se dirigia em romaria para Jerusalém.
O Pentecostes cristão está relatado no livro dos Atos dos Apóstolos (2,1-13). Como era de costume, os discípulos, juntamente com Maria (mãe de Jesus), estavam reunidos para celebração desta festa. De acordo com o relato, ouvi-se um ruído, “como se soprasse um vento impetuoso” e “línguas de fogos” pousaram sobre os apóstolos. Todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar cada um em sua língua e todos se entendiam.
O Espírito inaugurou a nova humanidade (At 24,4.33; 4.31). A partir deste momento, é o Espírito que vai animar a vida e a história das comunidades. Ele dirige todos os seus passos. Foi o Espírito que transformou os apóstolos. Antes eles eram medrosos (Jo 20,19). Agora abrem as portas e enfrentam a multidão (At 2,14). Antes viviam conformados com a decisão do governo que matou Jesus (Lc 24,20). Agora, dizem: devemos obedecer mais a Deus que aos homens (At 5,29). Antes Pedro tinha negado Jesus diante de uma empregada (Lc 22,56). Agora, dá testemunho corajoso diante de uma multidão (At 2,32).
Os cristãos comemoram em três oportunidades e assim vivenciam o mistério de Pentecostes: por ocasião da própria Crisma, na celebração da Crisma de novos membros da comunidade e, anualmente, na solenidade de Pentecostes.
A Crisma ou confirmação dá-nos uma força especial para testemunhar e glorificar a Deus com toda a nossa vida (Rm 12,1); torna-nos intimamente consciente da nossa pertença à Igreja, “Corpo de Cristo”, de quem todos nós somos membros vivos e chamados a ser solidários uns com os outros (1Cor 12.12-25). Deixando-se orientar pelo Espírito, cada batizado pode oferecer a sua contribuição para edificação da Igreja, graças aos carismas que Ele infunde, porque a manifestação do Espírito é dada a cada um, para proveito comum (1Cor 12,7). E, quando o próprio Espírito age, traz na própria alma os seus frutos, que são: “caridade, alegria, paz, paciência, benignidades, bondade, fidelidade, mansidão e temperança” (Gl 5,22).
No batismo, o Espírito Santo suscita a vida nova no Cristo morto e ressuscitado. Contudo, não basta termos vida nova, sermos batizado, é preciso que esta semente germine, brote, cresça, produza frutos e se multiplique. Esta é a função do Espírito Santo dado aos cristãos no sacramento da Crisma.
Por isso, a confirmação produz crescimento e aprofundamento da graça batismal: enraíza-nos mais profundamente na filiação divina, que nos faz dizer “Abba, Pai” (Rm 8,15). Une-nos mais solidamente a Cristo; aumenta em nós os dons do Espírito Santo; torna mais perfeita nossa vinculação com a Igreja; nos dá uma força especial do Espírito Santo para difundir e defender a fé pela palavra e pela ação, como verdadeiras testemunhas de Cristo. Para confessar com valentia o nome de Cristo e para nunca sentir vergonha em relação à cruz (CIC 1303).
Portanto, pentecostes é a coroação da páscoa de Cristo. Nele, acontece a plenificação da páscoa, pois a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos.

Fontes de pesquisa: Catecismo da Igreja Católica e Círculos Bíblicos, de Carlos Mesters e Francisco Orofino (2002)


Por Gildenor

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