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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Filho Honra Teu Pai e Tua Mãe

Há no mundo uma ideologia que tudo permite, desde aos mais pequeninos aos mais experientes, pois o que vale é ser feliz, na verdade, se sentir feliz. Por causa deste estado de espírito (felicidade) se cria mil e uma estradas para encontrá-la. Se estiver errado, com um pouquinho de dinheiro e um bom advogado tudo se resolve, pois o que vale é ser feliz.
Todos os dias vemos nos telejornais desventuras e mais desventuras e isso nos assombra. Para alguns a realidade torna-se detestável, para outros ela está ótima, pois até então nada lhes aconteceu.
Dizem que o “jeitinho brasileiro” tem muito que ensinar para os diversos povos que ainda se encontram enclausurados no próprio ego nacionalista. Muito bem, tudo isso é bonito. Mas, quando lembramos os ensinamentos de tempos considerados arcaicos ou então de outrora, temos muitas maneiras de nos libertar, sem precisar perder nossa vida em prol de nada ou de um suposto estado de felicidade.
Hoje em dia, poucas famílias mantêm seus princípios ou conseguem passar valores para seus filhos. Muitos alegam que é melhor o filho (a) estar com a namorada (o) dentro do quarto do que na rua, onde é muito perigoso. A grande desculpa é a violência ou até mesmo que o mundo está assim, então não podemos ser igual à Igreja Católica, “estagnada no tempo”. Devemos acompanhar o tempo. Será mesmo?

Interessante que este modelo de pais são os primeiros a recorrerem aos ensinamentos dos padres ou então de psicólogos, quando os filhos estão em caminhos “tortuosos”. Sabe por quê?
Porque desde pequenos, os filhos são educados sobre a pedagogia do tudo é permitido, regulamentado pela psicologia (barata) de que tudo pode traumatizar a criança. Conseqüência do tudo é bonitinho e permitido, são filhos irresponsáveis, egocêntricos, narcisistas...
Meus queridos, um pouco de limite não faz mal a ninguém; dizer não, às vezes faz muito bem. Lembremos do “Honra teu pai e tua mãe”. Aliás, o que seria honrar pai e mãe nos tempos de hoje? Muito complexo esta indagação, pois ela não só diz respeito aos pais em si, mas, a sociedade que tem como célula-mor, a família.


Na atualidade honrar nossos pais está na linha do ter uma vida íntegra, fazendo com que os nomes deles continuem limpos, sem a mancha do alcoolismo, do tabagismo, da prostituição (não só o corpo, mas a alma, os valores; a pessoa humana como um todo), da corrupção, da dependência química, da desvalorização afetiva e sexual...

Hoje, dia 21 de junho a Igreja celebra a memória de um grande santo, São Luis Gonzaga. Possuía e poderia ter qualquer coisa que o mundo oferecia, pois ele era príncipe, contudo, por amor a Jesus Cristo, renuncia a tudo em prol dos mais necessitados, dos enfermos. Aliás, por causa da sua entrega no serviço da cura das enfermidades acabou contraindo uma, que lhe conduzira à vida eterna. Acompanhemos uma carta que escrevera para sua mãe antes de morrer. Vejamos com seu exemplo o que é “honrar pai e mãe” e seguir a Cristo Jesus.


Ilustríssima senhora, peço que recebas a graça do Espírito Santo e a sua perpétua consolação. Quando recebi tua carta, ainda me encontrava nesta região dos mortos. Mas agora, espero ir em breve louvar a Deus para sempre na terra dos vivos. Pensava mesmo que a esta hora já teria dado esse passo. Se é caridade, como diz São Paulo, chorar com os que choram e alegrar-se com os que se alegram (cf. Rm 12, 15), é preciso, mão ilustríssima, que te alegres profundamente porque, por teus méritos, Deus me chama à verdadeira felicidade e me dá a certeza de jamais me afastar do seu temor.
Na verdade, ilustríssima senhora, confesso-te que me perco e arrebato quando considero, na sua profundeza, a bondade divina. Ela é semelhante a um mar sem fundo nem limites que me chama ao descanso eterno por um tão breve e pequeno trabalho; que me convida e chama ao céu para aí me dar àquele bem supremo que tão negligentemente procurei, e me promete o fruto daquelas lágrimas que tão parcamente derramei.
Por conseguinte, ilustríssima senhora, considera bem e toma cuidado em não ofender a infinita bondade de Deus. Isto aconteceria se chorasses como morto aquele que vai viver perante a face de Deus e que, com sua intercessão, poderá auxiliar-te incomparavelmente mais do que nesta vida. Esta separação não será longa; no céu nos tornaremos a ver. Lá, unidos ao autor da nossa salvação, seremos repletos das alegrias imortais, louvando-o com todas as forças da nossa alma e cantando eternamente as suas misericórdias. Se Deus toma de nós aquilo que havia emprestado, assim procede com a única intenção de colocá-lo em lugar mais seguro e fora de perigo, e nos dar aqueles bens que desejamos dele receber.
Disse tudo isto, ilustríssima senhora, para ceder ao desejo que tenho de que tu e tida a minha família considereis minha partida como um feliz benefício. Que a tua benção materna me acompanhe na travessia deste mar, até alcançar a margem onde estão todas as minhas esperanças. Escrevo isto com alegria para dar-te a conhecer que nada me é bastante para manifestar com mais evidência o amor e a reverência que te devo, como um filho à sua mãe. (Extraído da Liturgia das horas III – 1ª - 17ª Tempo Comum, p. 1361-1363)


Motivados pelo testemunho de São Luis Gonzaga procuremos honrar nosso Pai e nossa Mãe e tentemos deixar de lado tanto as psicologias e pedagogias “baratas” na educação de nossas crianças.

Quem quiser saber mais sobre a vida deste santo, acessar:
http://www.lepanto.com.br/dados/HagLGonz.html


Por Tiago

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