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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

BEM AVENTURADO LUIS GUANELLA


Muitas pessoas passaram pela história da humanidade e deixaram marcas pelo seu jeito de ser e por suas atitudes, que atraíram e continua atraindo muitas pessoas. Pe.Luís Guanella foi uma dessas pessoas. Vamos conhecer um pouco de sua vida e entender porque ele deixou tão belas marcas.
Este apóstolo da caridade nasceu em 19 de dezembro de 1842, em Francíscio na Itália; seus pais Lourenço Guanella e Maria Bianchi levavam uma vida simples, regada de muito trabalho na agricultura e dos afazeres diários. De um clima familiar sadio de amor e sacrifício entre seus pais e irmãos, Guanella aprendeu muitas coisas que depois utilizou em seu apostolado junto aos mais sofridos.
Quando criança brincava com sua irmã Catarina de fazer sopa de barro que imaginava dar aos pobres; tal brincadeira mais tarde, tornaria-se algo real e verdadeiro em sua vida. Com nove anos de idade recebe Jesus na eucaristia e no mesmo dia, em um momento de recolhimento tem a visão de Nossa Senhora que o mostra a missão que ira realizar.
Com doze anos ingressa no seminário onde os estudos são mantidos, com grande sacrifício, pela família. Luís Guanella é ordenado sacerdote em 26 de Maio de 1866. Uma frase dita em sua ordenação, como lema daquele momento vivenciado, se faz presente em todo seu ministério: “Quero ser espada de fogo no ministério santo de Deus”.
Sua primeira atividade como sacerdote foi ajudar um pároco ancião em Prosto, onde passa um ano, depois é transferido para Savogno. Com o povo dessa localidade Pe. Guanella exerce de forma dinâmica e dedicada sua missão pastoral: dá aulas, visita os doentes, organiza mutirões, amplia a igreja, enfim de tudo faz um pouco. Em Savogno permaneceu uns oito anos.
Em Turim, após conhecer a Pequena Casa da Divina Providência de São Bento
Cotollengo, e ter feito uma experiência com o apostolo da juventude Don Bosco em suas obras, cresce cada vez mais forte no coração de Guanella o amor pelos pobres e o desejo de fazer algo por eles.
Para Pe. Guanella a pessoa humana e sua dignidade eram vistas sempre com prioridade; inclusive defendeu a dignidade de muitos que pela sociedade eram vistos como inúteis e inválidos no contexto em que se encontravam. Os idosos, os doentes, as crianças órfãs e os deficientes físicos e mentais eram abandonados a própria sorte pelos seus, e ninguém se importava com eles ou sabiam tratá-los com respeito e dignidade. Por essa adesão aos menos favorecidos Padre Guanella foi duramente perseguido e ridicularizado, mas ele não desistiu e afirmou cada vez mais o ideal de amar e servir os mais pobres e marginalizados pela sociedade.
1881, Pianello Lario Pe. Guanella pode ver seu sonho realizado, como ele gostava de dizer: “chegou a hora da providência”. Morre o Pe. Carlos Coppini, deixando um pequeno orfanato aos cuidados de um grupo de jovens inclinadas à vida religiosa. Cinco anos depois, com ajuda da Ir.Marcelina Bosatta, que organiza a fundação, convertendo-se assim no fundador da congregação das Filhas de Santa Maria da Providência. Em Como, com a atuação da Ir. Clara Bosatta, a congregação começa a se expandir. No mesmo ano, no dia 11 de novembro funda uma segunda congregação: Os Padres e Irmãos Servos da Caridade, que têm como missão revelar ao mundo o amor misericordioso de Deus Pai Providente. O primeiro sacerdote dos Servos da Caridade foi Pedro Moroni.

Muitas pessoas vendo a forma como a congregação se expandia, com muitos colaboradores atuando, começaram a mudar seu conceito diferente sobre a pessoa do Pe. Luís Guanella e foram mudando bruscamente a opinião que tinham ao seu respeito, pois afinal tudo o que Pe. Guanella realizava era obra de Deus e da sua Divina Providência.
Mesmo em idade avançada Pe.Guanella realizou quatro viagens ao exterior. Esteve na Terra Santa, Lourdes, em Londres por ocasião do congresso Eucarístico e nos EUA, para dar assistência aos emigrantes italianos.
Pe. Guanella teve a honra de ter como amigo e colaborador de suas obras, o Sumo Pontífice São Pio X, que inclusive muito ajudou na construção da Basílica de São José Trionfale, centro da Pia União de Oração pelos Agonizantes.
Pe. Guanella não pára: abre obras, visita e anima os padres e as irmãs na missão, em fim, é presença paterna junto aos seus assistidos, sempre mostrando a importância da infinita misericórdia de Deus e sua Divina Providência.
Na Páscoa de 1915, reza para que os homens abandonem a loucura da Guerra que a tantos faz sofrer.
Um grande terremoto atinge a região de Abruzzo, centro da Itália, e Pe. Guanella com seus 72 anos de idade, mas com seu espírito incansável de Pai, socorre os sofridos e feridos deste desastre.
Após longo período de doença, Pe. Luis Guanella vai para a casa do Pai, dia 24 de Outubro de 1915; mas deixa para os seus a bela imagem de alguém que sempre quis ser de Deus para nunca deixar de ser dos pobres. Hoje as obras Guanellianas estão presentes em 20 países, levando solidariedade e ajuda aos que sofrem e necessitam do Pão material e principalmente do Pão espiritual.


Mas do que a marca da vida do Pe. Guanella, suas obras estão hoje repletas da marca do Bom e Providente Deus que guiou e conduziu Pe. Guanella no caminho da perfeição evangélica no serviço e doação aos irmãos.
No próximo ano, Pe. Luis Guanella será canonizado (tornar-se-á santo) servindo assim de modelo de santidade e vivência do amor de Deus no meio do seu povo.

Referências Bibliográficas:
Volpi, Domenico. A coragem de um ideal; (tradução Álvaro Cunha) São Paulo – SP. Ed. Paulinas- 1984.


Por Francisco

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A FORMAÇÃO CRISTÃ NA EDUCAÇÃO

A educação cristã deve ser aquela prática educativa construída sobre uma visão de ser humano e de sociedade na relação explicita com a fé cristã, na perspectiva de realizar o Reino de Deus. O conceito de trabalho nessas condições realizado nas escolas deve caracterizar um diálogo que busque formular objetivos e estratégias que visem uma integração conforme a fé cristã de cada individuo. Nesta relação seria então possível falar em uma educação popular cristã que se realize de forma organizada, com propostas fundamentadas na Sagrada Escritura.
Se olharmos as diversas maneiras de enquadrar a disciplina religião nas escolas, vamos notar que para isso é necessário que se faça reflexões de organizar e estabelecer critérios para que todos os educandos possam integrar-se a uma linguagem de religião, e que fiquem estabelecidos os verdadeiros critérios de bons cristãos, especialmente aqueles que são inspirados na Palavra de Deus.
A educação no mundo vem sofrendo vários tipos de transformações e mudanças. Dentre essas mudanças e inversão de valores, estão colocados os seguintes aspectos de educação: A educação escolar, negada à maioria, vista como uma ameaça para a política opressora; os baixos salários e a injusta política na educação; evasão e repetência; conteúdos desvinculados da realidade e das necessidades do educando; falta de participação; recursos insuficientes, ausência de uma política educacional adequada; a escola católica tradicional, eliminando-se, muitas delas não conseguindo vivenciar uma educação libertadora; desqualificação do educador; as escolas sendo meras transmissoras do saber; a educação para o trabalho visando apenas atender às necessidades do mercado e tantos outros. Isso somente para termos uma idéia da abrangência da problemática existente.
Esses problemas vistos acima, não são meros “por acasos”, o que acontece na verdade é que não existe uma política educacional que estabeleça relações com a classe educacional. Os valores da educação, aos poucos vão enfraquecendo os vínculos dos educadores que se dedicam a ela por vocação.
A educação como sistema e organização para a sociedade, sente a necessidade de que há muito ainda a fazer para que se possam estabelecer critérios de igualdade na sociedade. Os problemas se encontram presentes, mas temos que saber que há mudanças também. Mas daí os questionamentos vem à tona: O que fazer diante desses novos desafios? Existe saída para uma sociedade sem educação?. São perguntas que incomodam, nos fazem refletir e nos trazem certa preocupação, pois cientes dos fatos que a humanidade vagueia cegamente neste acelerado processo de competição e exclusão, as conseqüências poderão comprometer seriamente o futuro das novas gerações. Por isso, que ainda temos esperança, para que as novas gerações não se percam. Tem coisas sendo feitas, mas ainda há muito que fazer, por isso não desanimemos e tenhamos fé que com muita dedicação e formação o amor vencerá todos os preconceitos, as amarras e tudo aquilo que oprime o homem.

Por Ricardo

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

REALIDADE E PROJEÇÃO

Vivemos numa época em que se prioriza aquilo que desejamos ser, em detrimento daquilo que realmente somos. Muitos se enganam, criando grandes ilusões de si próprio e em muitos casos não aceitam aquilo que realmente são. Não conseguem admitir que sejam fracos, influenciados pelo ambiente, pelo DNA de seus genitores, que são influenciados pela cultura, economia, etc...
Sem dúvida, como já nos alertara o filósofo Blaise Pascal que somos um “Caniço Pensante”. De fato, somente quando nos damos conta desta realidade e assumimos nossas fraquezas, nossos defeitos ou aquilo que não é tão bom em nós, é que de fato tomamos nossa vida nas mãos e conseguimos encarar a realidade “nua e crua”, sem nos abatermos com o peso daquilo que somos.
Dado este primeiro passo, podemos agora olhar para nossas qualidades, nossas virtudes, (sem super valorizá-las), mas apenas vê-las como realmente elas de fato são (não mais que isso).
Tomando posse destas duas realidades podemos desmistificar nosso “mundinho”, criado a nosso bel-prazer e encarar o mundo real, com seus caminhos tortuosos, com seus espinhos, com o calvário e cruzes, todavia, poderemos contemplar também o perfume das rosas, o crepúsculo do novo amanhecer e a glória da Ressurreição.
Olhando para nossa realidade vemos pessoas que acreditam serem todas - poderosas. Às vezes, até o são. Mas não tem o direito de serem, porque em vez de favorecer os menos desprovidos, continuam ajudando aqueles que oprimem e esmagam com seu mórbido poder os mais fracos.


Isso que acabamos de refletir é uma realidade vigente, principalmente em nosso país (BRASIL), no qual os poderosos continuam vestindo uma roupagem por cima de seus sepulcros calhados (seus corpos inescrupulosos) fingindo ser a favor da vida, da saúde, enfim, dos mais necessitados.


Há quem diga que governa ou então fazem tudo por todos, pobres destes fariseus modernos, que não conseguem encarar a verdade de si mesmo e que por não se aceitarem ser quem são, tentam revestir-se de uma imagem cândida e pueril.
Pobres destas pessoas ou de nós, que não conseguem assumir sua fragilidade e fazer dela ponte para a superação e desenvolvimento daquilo que temos de melhor; que está escondido no nosso âmago, no qual, só conseguimos adentrar quando realmente aceitamos quem somos e como somos, para alçar vôo para aquilo que de fato fomos criados, para sermos “Santo como o Pai do Céu é Santo” (Cf. Lv 11, 14; Mt 5, 48).
Peçamos a Deus que não deixemo-nos ser enganados por esta raça de víboras e que consigamos nos libertar de tudo aquilo que nos aproxima deles, para buscarmos cada vez mais nos aproximarmos do verdadeiro Rosto de Deus presente em cada um de nós.
Encaremos a nossa realidade, por mais severa que pareça ser, ela esconde um tesouro preciosíssimo, que apenas quem se liberta da falsa imagem que tem de si mesmo consegue vender tudo para adquiri-la.


Façamos como aquele homem do Evangelho que tendo descoberto o tesouro escondido numa propriedade vendeu tudo para adquiri-la. Desfaçamos-nos de tudo aquilo que nos impede de possuir este tesouro, por mais que pareça um preço alto, valerá à pena. Pois tudo aqui é uma preparação para uma vida na qual contemplaremos face a face Aquele que nos Criou e que nos Ama, apesar de nossa pequenez.
Portanto, encaremos nossa realidade e façamos dela um meio para alcançar as coisas do alto, e não um instrumento para nossa destruição, pois tudo o que fizerdes a um destes pequeninos foi a Mim que o fizestes (Mt 25, 40).

Por Tiago

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

PESSOAS ‘CHEIAS DE UM GRANDE VAZIO’

“No mundo as pessoas estão ‘cheias de um grande vazio’. Esse é o espaço que Deus deveria ocupar”.



Alguns dos grandes santos da Igreja viveram um “vazio” em determinado momento de suas vidas, chamado ainda de obscuridade ou “noite escura”. Entre os mais conhecidos podemos citar São João da Cruz e Madre Teresa de Calcutá.
O livro: ‘Madre Teresa: venha e seja minha luz’, reúne algumas cartas escritas por ela e foi compilado pelo Padre Brian Kolodiejchuk (postulador da causa de canonização da religiosa). “Há tanta contradição em minha alma, um profundo desejo de Deus, tão profundo que faz mal; um sofrimento contínuo e com isso o sentimento de não ser querida por Deus, vazia, sem fé, sem ânimo, sem zelo...”, dizem as palavras de Madre Teresa em um dos trechos do livro.
O seu diretor espiritual, lhe respondendo uma das cartas, escrevia que quanto mais chegamos perto de Deus, mais sentimos esse “vazio”, pois a pessoa passa a viver o que o próprio Cristo viveu na cruz, quando exclamou: “Meus Deus, meu Deus, porque me abandonaste” (Mc 15,34b). Esse exemplo de Madre Teresa talvez não seja parâmetro para nenhum de nós, pois ela foi extraordinária, diferente. Contou que uma vez sonhou que havia morrido e chegando ao céu foi recepcionada por São Pedro, que disse: - Pode voltar, pois no céu não há favelas.


O “vazio” dos santos como Madre Teresa de Calcutá é vivido por uma busca constante e incansável de Deus. Muito diferente do “vazio” que as pessoas estão sentindo nos dias de hoje, na pós-modernidade. A alegria, atualmente, está na conquista de um bem sonhado (como um carro, uma casa) ou numa viagem (um cruzeiro, Europa) ou ainda numa noitada (com mulheres, bebidas, drogas).
Será que as pessoas não percebem que tudo isso é apenas um prazer passageiro? Todos nós podemos e devemos nos divertir, mas com moderação e não podemos esquecer-nos do nosso lado espiritual, não podemos esquecer-nos de Deus, nosso Criador. Essa vida terrena é apenas uma passagem, tudo o que plantamos aqui iremos colher na vida eterna.
Todo esse prazer passageiro é o que gera o “vazio” em nós. No momento em que estamos nos divertindo, temos a sensação que estamos vivenciando a melhor coisa do mundo, mas no dia seguinte vem o arrependimento, a dor, o “vazio”. Muitas vezes humilhamos as pessoas em nome de nossa felicidade, tratamos o próximo como objeto, abusamos da liberdade que nos foi concedida por Deus. Estamos vivendo uma crise de valores.
Está havendo uma absolutização do relativo e uma relativização do absoluto. O que isso quer dizer? O que é absoluto e relativo para você? O que é absoluto e relativo para nós? Colocamos DEUS como absoluto e uma FESTA como relativo (existem muitos outros exemplos de absoluto e relativo, pense!). O que está acontecendo é que se inverteram os valores.
Ir a uma festa tornou-se algo absoluto: ‘não posso faltar’, ‘não posso chegar atrasado’, ‘tenho que ir com a melhor roupa’ (não que é pecado ou está errado ir a uma festa). Mas, quando se trata de Deus, eu relativizo: ‘hoje estou cansado e não vou à missa’, ‘cheguei cansado e não rezei antes de dormir’, ‘naquele encontro vamos chegar meia hora depois, porque nunca começa no horário’.
Aonde vamos parar? Até quando a humanidade vai viver de “costas para Deus”? Reflita sobre isso, pois Deus está sempre de braços abertos para te acolher. “Deus não quer saber o que você fez até hoje, Ele quer saber o que você vai fazer a partir de agora” Pe. Fábio de Mello.
Saia desse “vazio” e venha para Deus, Ele te perdoa, te acolhe, te espera. Vamos viver no mundo, mas não vamos ser do mundo. NÃO ESQUEÇA: Deus sem você é Deus. Você sem Deus não é nada. Boa reflexão.


FONTES:
KOLODIEJCHUK, Brian. MADRE TERESA, venha, seja minha luz. Traduzido por Maria José Figueiredo. Editora Thomas Nelson Brasil. Rio de Janeiro: 2008
http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=240151

Por ELI MARCEL