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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

POR QUE SOFREMOS?

É comum ouvirmos, diante de situações desagradáveis que a vida nos oferece, estes questionamentos: Por que eu sofro? O que eu fiz para merecer tanta dor? Por que isto só ocorre comigo? E tantos e tantos outros questionamentos sobre o sofrimento na vida das pessoas, que muitas vezes nos deixa inertes, pois não temos uma resposta pronta, certa, perfeita que alivie os questionamentos de nossos interlocutores.

A dor e o sofrimento fazem parte da nossa vida, do nosso amadurecimento, do nosso ser pessoa humana encarnada no tempo e na história. Acho muito belo o trecho de uma canção da Ir. Miria Kolling, inspirada na vida de São Maximiliano Kolbe, um padre polonês morto no campo de concentração de Auschwitz durante a 2ª guerra mundial, que diz: Não se nasce sem dor, por amor assumida: Nada resta ao final do caminho da vida, a não ser o amor!
O nosso nascer já esta marcado por esta experiência de dor e sofrimento: separamo-nos do útero de nossa mãe, do nosso aconchego primeiro, onde nos sentimos bem, felizes e confortados, para enfrentar uma realidade totalmente desconhecida. E, à medida que vamos crescendo, também experimentamos novas realidades, ambientes e situações, onde sofremos por aquilo que passamos e perdemos, pois somos seres limitados.
Mas, o ser humano não foi criado para o sofrimento, para a dor. Fomos sim criados para a felicidade, mas não podemos nos esquivar nem fugir das situações de dor e sofrimento ao qual nos deparamos. Nenhuma situação desagradável ou desconfortável que ocorre em nossa vida acontece por acaso; sei que é difícil, mas devemos tirar lições de vida das tristes situações que ocorrem conosco. Elas têm um caráter redentor e de crescimento em nós.
Não devemos ser escravos dos eternos questionamentos sobre o sofrimento em nossa vida. Somos muito maiores do que os sofrimentos que nos atormentam, não devemos deixar que o martelo da pergunta: por que eu sofro? nos incapacite de dar a volta por cima de nossas tribulações e assim sairmos vitoriosos em nossas dificuldades .
Por um processo não de questionamento, mas de luta, garra e coragem, poderemos encarar os sofrimentos e dores em nossa vida. É a ressurreição que deve acontecer em todos os momentos de nossa vida. É preciso ter coragem para enfrentar as tribulações da vida e reconstruir e sarar tudo aquilo que foi machucado e perdido.
Que a esperança no Deus de amor nos ajude a superar as tribulações da vida, para assim, crescermos, não no conformismo e fuga dos sofrimentos, mas na liberdade de filhos de Deus que busca Nele forças pra vencer as dores da vida.



Francisco Bernardone

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A VOCAÇÃO LEIGA


O carisma da vocação leiga ocupa um lugar central na Igreja Católica, logo após o Concilio Vaticano II (ocorrido de 1962 a 1965), os leigos começaram ter uma função muito ativa dentro da Igreja, principalmente aqui no Brasil. A vocação leiga tem sua origem nos sacramentos do Batismo e da Crisma. Os leigos são aqueles que fazem do seu trabalho a liturgia diária e prolongam a Missa Dominical em todos os dias da semana. Todo ultimo Domingo ou quarto Domingo do mês de Agosto a Igreja lembra a vocação leiga e reza para que aqueles que estão engajados continuem firmes e fortes em sua missão e para aqueles que ainda não tem uma função pastoral possa encontrar sua missão pastoral e viva sua vocação com alegria, rumo a Vida Eterna.
Vejo que temos que dar valor aos leigos que estão engajados na Igreja e estarmos sempre em oração para que continuem perseverantes em sua vocação. Portanto, vejamos o testemunho da jovem Grazielle que com tanta disponibilidade partilhou conosco um pouco de sua vivência dentro da Igreja, como uma jovem leiga cristã.


Eu me chamo Grazielle de Fátima Duque da Costa e tenho 23 anos, sou batizada dentro da Igreja Católica, estudante de comércio exterior em uma faculdade estadual de SP e trabalho como auxiliar administrativo em uma empresa que atua no segmento de luminosos no mercado de fast-food. Faço parte de uma família católica apostólica romana, mas que como outras inúmeras famílias vão à missa somente aos domingos e acham que isso é o suficiente. Decorrente disso, senti dentro de mim uma falta grandiosa de algo que não sabia o que era, pois de principio tinha tudo o que uma menina de 15 anos precisava, família estruturada, bons amigos etc.. Mas isso não me bastava, daí resolvi após minha crisma ser catequista, onde permaneci por três anos, um aprendizado muito grande, mas isso ainda não me completava.
Até que 2006 fui convidada a participar de um retiro de formação de um grupo que se chamava MOVIMENTO JÁ. Ali pude perceber em todo o retiro que o que faltava era uma doação maior do meu tempo, da minha vida à Cristo. Foi amor à primeira vista o meu momento exclusivo com Jesus, onde entendi que todos sendo leigos ou não precisam enxergar sua vocação, seja ela qual for, e que nós leigos, precisamos fazer a nossa parte. E assim reescrevo um dos ensinamentos que Deus nos deixou, “para sermos” sal da terra e luz do mundo.” Só que fazer valer esse ensinamento aonde TODOS buscam o mesmo ideal é fácil. Agora ser sal e luz no mundo onde as pessoas querem ser açúcar por desejarem a vida doce sem as tribulações e a escuridão, pois nela não se enxerga nada, a sim é mais difícil. Hoje eu saio para quase todos os mesmo lugares que antes saia, mas, agora eu sou diferente no meio deste mundo que ainda não encontrou o verdadeiro amor, a verdadeira amizade, a paciência a lealdade e a dignidade. E depois deste meu sim a Deus como leiga, minha vida mudou radicalmente, não vou ser hipócrita em dizer que tudo virou mil maravilhas porque é exatamente o contrário, sofro tribulações todos os dias só que agora tenho discernimento de como agir, não entro em desespero porque sei que o tamanho da minha cruz é o que Jesus confiou a mim. Ele não me dará uma cruz maior do que eu posso suportar, lembrando do sofrimento que Ele passou na cruz por nós. E nós, estamos retribuindo com a mesma intensidade?
Então me disponho com todo amor e carinho a ser evangelizadora deste mesmo grupo que hoje, com a glória de Deus, está virando uma comunidade CAJA – Comunidade Aliança Jesus Agora, pois esse Jesus não pode ser de ontem e nem de amanhã ele precisa ser de AGORA para todos nós. Portanto, tenho a missão de evangelizar e pregar o seu evangelho não somente com palavras, mas testemunhando esse amor que me preencheu e me libertou de todo vazio que o mundo mascarava em preencher. E para finalizar escutei uma frase do Dunga (missionário da Comunidade Canção Nova), onde dizia: “Quem se expõe se compromete, quem se compromete amadurece e cresce naquilo que faz.” Então a partir do momento que você opta e se compromete pelo amor de Deus não precisa ser ordenado para vivenciar o amor de Deus e transmitir o quão maravilhoso são suas obras. Pois aquele que conheceis a verdade saberá que ela vos libertará.
Portanto, animados com esse grande testemunho, possamos viver com alegria e disponibilidade nossa vocação e nos entreguemos sempre nas mãos de Deus Pai, para que a vontade Dele seja feita em nossas vidas. Agradecemos a jovem Grazielle pela sua disponibilidade em partilhar conosco sua vivência dentro da Igreja.
Que Deus abençoe todos nós vocacionados (as).

http://santuariodocarmo.org.br/noticias/a-vocacao-leiga/


Por Ricardo

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

VIDA RELIGIOSA E O CLAMOR DO SAGRADO NA LITURGIA CATÓLICA

A maioria de nós já escutou que a vida é nosso bem maior. Ela nos é dada. Ninguém pediu para nascer. Contudo, a nossa realização neste mundo depende exatamente de como encaramos este dado fundamental. Se aceitamo-la e fazemos dela dom-partilha, ou se rejeitamo-la e transformamo-la em fadiga e destruição (tanto a própria vida, como a vida dos outros).
A vida religiosa é, pois, um grande louvor a Deus-Pai, porque não só se sabe que a vida é dom, como se vive em prol dos irmãos e irmãs por amor a Jesus Cristo. Fazendo de si um instrumento nas mãos do Senhor.
Muitos questionamentos e afirmações são feitos, sobretudo pelo por que de tal radicalidade na vivência do batismo. Alegam que qualquer um poderia fazer tal oblação a Deus. Será mesmo?
Um coração dividido não é capaz de louvar o Senhor como quem tem um “indiviso”. Sem dúvida esta afirmação é bem correta. Pois, quem tem família, sabe como é difícil cuidar das próprias responsabilidades, quanto mais ter as de um religioso (a).
Obviamente não é só isso, mas a partir disso, temos uma parcial idéia do porquê pela opção ao celibato, ou seja, em prol da causa do Reino de Deus e amor a Jesus Cristo, que se “abandona” tudo, pois se não fosse assim, a comunidade seria vazia e não duraria, porque é o vínculo da “caridade” (amor a Deus) que une pessoas tão diferentes num mesmo ideal.
Louvemos a agradeçamos a Deus por existirem pessoas tão generosas, pois já nos antecipam um pouco de céu, cá na terra.

Mudando de assunto, sem fugir muito do fundamento, mas acrescentando um fator muito especial: a liturgia e o sagrado.
Caríssimos, o escopo (a finalidade) da liturgia cristã-católica é conduzir o homem até Deus, ou então, levar Jesus Cristo às pessoas. Muitas vezes ao participarmos da “celebração eucarística” (popularmente conhecida como: missa) percebemos o contrário. Há mais gente querendo aparecer do que o próprio Cristo. Sem contar com os exageros de muitos sacerdotes e agentes litúrgicos. O resultado de tudo isso é a perda do Sagrado.
Anos atrás, a Igreja rezava o seu rito todo em latim. Graças ao Concilio Vaticano II, foi-nos concedido celebrar na língua vernácula do país, além de uma série de concessões. Só que a proposta era aprofundar a participação da assembléia na celebração e não fazer a liturgia conforme o sacerdote (“Cada padre com a sua liturgia”; ditado que ecoa nas sacristias).
Sigamos a verdadeira orientação da Igreja e façamos sim uma verdadeira ação de graças com a nossa própria vida nas celebrações que participarmos. E lembremos sempre: a liturgia é para anunciar e conduzir a Deus e não a nós mesmos.
Não permitamos os exageros e descasos litúrgicos, porque cada vez mais o sagrado é desvalorizado.


Assim, para finalizar estes dois temas, (diga-se de passagem, poderíamos escrever dois livros, mas fiquemos apenas com este apelo) onde ambos possuem a mesma base fundamental: Jesus Cristo; desejamos que os religiosos (as) vivam a sua consagração a Deus cada vez mais com um coração indiviso e que nossa liturgia conduza-nos a Deus e não aos homens!

Por Tiago

segunda-feira, 9 de agosto de 2010


FALAR OU ESCREVER?
“A internet tem esse grande paradoxo: aproxima quem está longe e afasta quem está perto”

A internet não é mais novidade para ninguém. Grande parte das pessoas tem acesso à rede mundial de computadores, sobretudo os jovens, inclusive das camadas mais baixas da sociedade. Os que não têm computador em casa buscam acesso em lugares públicos (gratuitamente ou a preços acessíveis), como escolas e faculdades ou em “lan-houses” (estabelecimentos comerciais de acesso à internet). Há tempos houve uma invasão de nomes “americanizados” em nossa cultura: Orkut, MSN, Twitter, Google, etc. Navegar na internet tem seus pontos positivos e negativos.
O acesso nos leva a um manancial de informações, a jogos educativos, permite adquirir competências profissionais, comunicação através de correio eletrônico (e-mail) ou conversas “on-line” (CHAT, MSN). Mas, a internet possui várias tentações que podem afetar alguém negativamente. Permite a realização de “fantasias” e a chance de encontrar o “grupo de amigos perfeitos” que a pessoa não tem na vida real. Mas, geralmente o envolvimento com pessoas estranhas nos afasta dos amigos reais e familiares. Além disso, muitas pessoas ficam “presas” ao computador, conversando horas e horas.
Mas, porque será que as pessoas preferem escrever em vez de falar? Porque usar a internet se eu posso ligar ou mesmo falar pessoalmente com alguém? Muitas vezes, as pessoas moram na mesma casa, trabalham na mesma empresa, estão próximas. Um telefonema resolveria tudo, uma conversa “olho no olho” seria melhor. Porque será? O problema é que aquilo que é escrito, muitas vezes não se tem coragem de ser falado.
Por exemplo, a expressão “eu te amo” foi banalizada, principalmente nos e-mails e bate-papos. As pessoas declaram amor a quem conheceu na semana passada. Será que isso é mesmo amor? Provavelmente a maioria das pessoas que escreve isso, não ama de fato a pessoa que está do outro lado. E o pior, se ama não fala quando está frente a frente. Temos vergonha da reação do outro ao dizer algo, não somente sobre amor, mas em relação a Deus, a amizade, a verdade.
As relações virtuais não podem substituir o aperto de mão, o beijo, o carinho, a bronca, o conselho. Enfim, a internet é muito valiosa para quem está longe do amigo, da família, com saudades, mas para quem está perto deve ser usada com moderação e por necessidade.
Quantas vezes recebi mensagens pelo bate-papo que não eram para mim, pois a pessoa com quem “falava”, estava teclando com outras tantas. Em outras oportunidades, esperei muito para receber uma resposta, porque meu amigo (a) internauta estava acessando vários sites ao mesmo tempo. Não dispenso a internet de forma alguma, nem e-mail, nem bate-papo, nem Orkut. Até porque, hoje tudo acontece pela rede, não só conversas e contatos, mas pagamentos, compras, oportunidades. Entretanto, sempre que posso opto pelo contato pessoal ou em viva-voz.
Se você escreve algo para alguém, tipo “eu te amo”, ou “estou com saudades”, ou ainda “você é muito importante”, quando estiver pessoalmente que isso seja dito ou expressado também. Não deixe passar os pequenos momentos que a vida oferece para abraçar e bendizer as pessoas que você ama de verdade. Deus se manifesta nas pessoas e nesses momentos de amor, de amizade. FALE MAIS E ESCREVA MENOS.

Fonte: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1711762-EI4799,00.html

Por Eli Marcel

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

No último Domingo (01/08), a palavra de Deus nos convidou e nos convida a refletir sobre como deve ser a nossa relação com os bens materiais. A riqueza, mesmo sendo em si um bem, não deve ser considerada um bem absoluto. Sobretudo não garante a salvação, aliás, poderia até comprometê-la seriamente. Precisamente deste risco, Jesus adverte os seus discípulos. É sabedoria e virtude não apegar o coração aos bens deste mundo, porque tudo é passageiro, tudo pode terminar bruscamente. O verdadeiro tesouro que devemos procurar incessantemente para nós cristãos está nas "coisas do alto, onde se encontra Cristo sentado à direita do Pai”. E devemos sempre viver bem, pois a nossa vida "já está escondida com Cristo em Deus" (cf. Cl 3, 1-3).


Nesta semana estaremos celebrando a festa da transfiguração do Senhor, assim como a carta de São Paulo aos Colossenses que nos adverte a buscar as coisas do alto, na festa da transfiguração somos convidados a olhamos para o “alto”, (para o céu), a buscarmos por livre e espontânea vontade fazer a vontade de Deus, a aceitarmos muitas vezes nossas “cruzes”, nossos sacrifícios em conformidade com a vontade e ao infinito amor que Deus tem por cada um de nós.
É no monte Tabor que podemos assim como os três apóstolos escolhidos por Jesus ter um dia a graça de participarmos no fim da nossa existência terrena da glória completa e definitiva de Cristo. “Ocorre que esta vida limitada de agora, Deus quer torná-la plena na eternidade. E recordar que a morte é o fim de nossa jornada terrena nos permite revisar os objetivos pelos quais lutamos“ (Padre Paulo Bazzaglia, O Domingo 01/08/10).
Então irmãos, para chegarmos a gloria da Pátria celeste, temos que juntar tesouros no céu, passar muitas vezes pelas provações e contar sempre com as consolações de Deus.

Por Elimar